terça-feira, fevereiro 10

de coração de pedra estou ok

deixo estes personalismos aos meus poetas cantados e lidos...
d. c. d. p. e. ok
quero do jeito seu quê mais indigesto,
se for o caso...
espontâneo,
se for possível...
espasmo incontrolado de paixão,
por que não?
d. c. d. p. e. ok
porque cansei de petrificar meu cotidiano num semi-apreciar patético
d. c. d. p. e. ok
porque quero reconhecer na suposta flor mais ordinária
uma raiz deveras forte
d. c. d. p. e. ok
porque se tal covardia se justifica na torpeza do si mesmo
é porque se edifica na ficção da exuberância
d. c. d. p. e. ok
porque mesmo a dor provocada por um coração sem ser de pedra,
ao ser sabida, ao menos é dor compartida
d. c. d. p. e. ok
porque o coração de pedra ataca a voz e o olhar,
amargando uma e esfriando o outro
e com isso, meu próprio coração também desacelera
d. c. d. p. e. ok
porque ainda que eu não chegue a envelhecer
a idéia que tenho de mim irá
e só com coração sem ser de pedra posso partilhar
meu mais doce perecer

A prática do amor descortês

é desamor insinuoso
um mal-querer preguiçoso
enjôo que mareia dois
ponte que separa longe
indecisão de um bem-querer...
míngua? finda?
não.
mais bem cisão...
decisão de um querer muito vago